O espiritismo aceita a doença como sendo um débito de vidas passadas.
Existem as doenças expiatórias, impostas ao “reencarnante” como
indispensáveis a resgates necessários. Exemplos: uma pessoa cometeu um
homicídio nesta encarnação, após desencarnar, o seu espírito lutará
ativamente pela própria regeneração através de novas encarnações para
praticar o bem. Porém, ao voltar a este mundo, pode receber um coração
defeituoso para expiar o crime. Uma pessoa pode escolher vir a esta
encarnação com tuberculose para pagar débitos de vidas passadas. De dois
dementes, um poderá ser realmente louco (espírito perturbado) e o outro
não, tendo apenas o cérebro desarranjado por necessidade de expiação. Um
idiota poderá ter um espírito lúcido. Um cego nasce cego para pagar um
débito do passado. Um aleijado nasce aleijado para pagar um débito de
uma outra vida, já que num corpo perfeito não conseguiu realizar suas
tarefas para sua evolução. |
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Temos aí moléstias orgânicas originárias de lesões
perispirituais que surgiram de erros e abusos anteriores. Se o sujeito
inseriu veneno por sua deliberação, renascerá com a garganta pouco
resistente a germes ou com o estômago lesado; se deu um tiro no coração,
voltará atacado de uma cardiopatia congênita; se usou a inteligência
como astúcia para aproveitar-se de outros, virá a ser débil mental ou
padecerá de hidrocefalia; se foi dado à maledicência ou calúnia, terá
mais tarde a língua maior do que a boca. E assim por diante. Vemos a lei
de causa e efeito em ação no plano espiritual, determinando expiações.
Outros tipos de enfermidade física ocorrem, menos difundidos, porém, nos
quais funcionam diferentes mecanismos. Existem as doenças expiatórias,
impostas ao reencarnante como indispensáveis a resgates necessários. É
claro que nos exemplos acima temos também expiações. Mas, neles, o
indivíduo lesou a si mesmo e a moléstia corporal é uma expressão da
lesão do perispírito. Veja isto, leitor. Um indivíduo matou outro; como
espírito, lutou ativamente pela própria regeneração e alcançou grandes
méritos na prática do bem. Ao voltar ao mundo, recebe um coração
defeituoso (que não tinha) para expiar o crime. Outro levou alguém à
tuberculose fazendo-o expor-se continuamente a condições adversas; ao
renascer, recebe pulmões sem resistência ao bacilo de Koch. De dois
dementes, um poderá ser realmente louco (espírito perturbado) e o outro
não, tendo apenas o cérebro desarranjado por necessidade de expiação. Um
idiota poderá ter o espírito lúcido. A diferença entre as duas
modalidades só é nítida nos extremos, devendo haver muitas situações
intermediárias menos definidas. Um sem-número de lesões ou afecções se
revelam derivadas de episódios de vidas passadas. (RIZZINI, 1985, p.
144) |
Para
o Cristianismo um dos nomes de Deus é:
hpr
(raphah),
que significa
"Deus cura",
Raphah é a palavra hebraica para
sararei e indica a ação de curar.
No livro de Salmo capítulo 103 versos 3 e 4 lemos:
“Ele é quem perdoa todos os
nossos pecados e sara as nossas iniqüidades”. Até débitos de vidas
passadas seriam perdoados, se existissem, é claro.
É mandamento bíblico e ordenança do próprio Jesus. Confira nas
palavras do próprio Jesus em Mateus capítulo 10 verso 8, “Curai
enfermos, ressuscitai mortos, purificai leprosos, expeli demônios; de
graça recebestes, de graça daí”. A cura é parte da provisão de Deus em
Cristo, como está no livro de Isaías capítulo 53 versos 4 e 5, “Certamente,
ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre
si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas ele
foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas
iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas
pisaduras fomos sarados”. Porém algo muito importante que lemos
no livro de Filipenses capítulo 2 verso 13, é que a cura subordina-se à
soberania de Deus. Isto mostra que é Deus quem opera todas as coisas, “porque
Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua
boa vontade”. Toda glória deve ser devolvida ao Senhor Jesus,
autor e consumador da nossa fé e da nossa salvação. Deve-se evitar
exibicionismo ou demonstrações fúteis de poder e espiritualidade, e
sempre propor em nossos corações passar o honra para Deus conforme
Malaquias capítulo 2 verso 2: “Se o não
ouvirdes e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome,
diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei a maldição contra vós e
amaldiçoarei as vossas bênçãos; e já as tenho amaldiçoado, porque vós
não pondes isso no coração”. Para se entender algumas causas de doenças
no homem é preciso ter discernimento e compreender que existem várias
causas. Por exemplo: às vezes a causa não é pecado. Quando Jesus
foi abordado a cerca de uma pessoa ter nascido cego, imediatamente Jesus
respondeu: “Nem ele pecou, nem seus pais; mas
foi para que se manifestem nele as obras de Deus”, conforme relato no
livro de João capítulo 9 verso 3. Uma outra causa pode ser a
displicência com o cuidado com o corpo. A Bíblia é fantástica quando na
primeira carta de Paulo escrita aos Tessalonicenses no capítulo 5 verso
23 diz : “O mesmo Deus da paz vos santifique
em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados, íntegros e
irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo”. Esta é
uma orientação quanto à santificação relacionando espírito, alma e corpo.
Os três precisam estar conservados, pois a displicência quanto ao
cuidado do corpo pode provocar doenças. Nessa mesma ótica de cuidado
com o corpo, Paulo na primeira carta aos Coríntios capítulo 3 verso
17 dá uma outra orientação quanto ao cuidado com o corpo. Ele coloca
que não devemos destruí-lo: “Se alguém
destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá; porque o santuário de
Deus, que sois vós, é sagrado”. Existem doenças, como a
sífilis, que é transmissível à
descendência, que podemos chamar de hereditariedade. Em Deuteronômio
capítulo 28 verso 59 a Bíblia fala de pragas e enfermidades que são
passadas a descendências, “então o SENHOR
fará terríveis as tuas pragas, e as pragas de tua descendência, grandes
e duradouras pragas, e enfermidades graves e duradouras”. Outras
doenças são atribuídas a possessão demoníaca. No evangelho de
Lucas capítulo 13 versos 11 e 12 Jesus cura uma mulher com espírito de
enfermidade, “E veio ali uma mulher possessa
de um espírito de enfermidade, havia já dezoito anos; andava ela
encurvada, sem de modo algum poder endireitar-se. Vendo-a Jesus,
chamou-a e disse-lhe: Mulher estás livre da tua enfermidade”. A manutenção
de sentimentos negativos (ódios, mágoas, ciúmes, invejas, falta de
perdão, etc.) também são causadores dos mais variados distúrbios
psicossomáticos. Em Hebreus capítulo 12 verso 15 existe um alerta para
que ninguém se prive da graça da Deus.
“Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que
nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se
contaminem”. |